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Sem qualquer tipo de dúvida, podemos afirmar que as gentes da região de Pombal sempre tiveram um gosto especial pela arte de bailar. Cronistas antigos referem mesmo que em Pombal se dançava muito bem a chacota, (dança muito antiga, século XVI, entretanto desaparecida).
Os bailes tinham por vezes uma origem espontânea. Isso acontecia quando grupos de rapazes e raparigas se encontravam, por norma, ao domingo à tarde. Principiavam com cantigas à desgarrada e se no grupo havia alguém com uma «flaita» de beiços, harmónio ou um banjolim, era certo o bailarico. 
No entanto, a maioria dos bailes eram organizados. Nas comemorações das festividades ao longo do ano, nomeadamente durante o Carnaval, Santos Populares, Festas do Bodo e outras romarias, o baile tinha o seu lugar cativo nos festejos. É este gosto especial pelo divertimento, pela dança, que origina a criação de projetos musicais de animação. E esses projetos musicais vão-se alterando com o tempo, com as modas. A Vila de Pombal sempre acompanhou as modas musicais que surgiam, como vão poder constatar nesta página.


Os Ranchos na Vila de Pombal

Primeiro episódio
Segundo episódio
Terceiro episódio
Quarto episódio
Quinto episódio

Fadinho de Pombal

Primeiro episódio
Segundo episódio
Terceiro episódio
Quarto episódio

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Gaita de Foles

A gaita de foles é o instrumento mais antigo que perdura (ainda) na nossa região. Responsável pela animação ao longo de séculos, quer religiosa quer profana, perdeu a sua hegemonia para os grupos de cordofones que nos finais do século XIX e inicio do século XX ocuparam os salões de baile e lideraram a animação das principais festas populares. Até ao fim dos anos vinte do referido século, estiveram na moda e a Vila de Pombal conheceu vários grupos que se destacavam pela sua qualidade. Mas os loucos anos vinte, com o fenómeno do Jazz emergente, ditou o seu fim. Era o tempo das troupes de Jazz e a Vila de Pombal acompanhou o fenómeno. A guerra veio dar a conhecer as orquestras de metais, ao estilo Glenn Miller. E mais uma vez, a Vila de Pombal teve a sua orquestra de metais e bateria, contribuindo para isso a existência da Filarmónica local. Mas os instrumentos de sopro estavam ameaçados com o surgimento do acordeão, que a partir dos anos cinquenta tomou conta da animação. Deixou de haver orquestra e passou a existir o conjunto musical. Anos sessenta, Beatles ao rubro e a Vila de Pombal acompanhou essa modernidade. E nunca mais deixou de o fazer. Vieram depois os teclados, mais tarde os organeiros, depois os DJ's e o futuro será uma qualquer playlist a debitar decibéis num canto qualquer. Tudo isto Pombal teve e tem. O que se perdeu? Eventualmente a dança. 

Gaiteiros

A gaita de foles sempre foi durante muito tempo, o instrumento próprio para bailes, cortejos, marchas, casamentos e festas de aldeia e de um modo geral para quaisquer festejos públicos, de carácter popular e tradicional, tocando mesmo dentro dos templos. Tem uma ascendência pastoril, por isso a sua predominância na Região de Pombal é nas zonas de serra, onde predominam os rebanhos de cabras e ovelhas. aparece sempre associada aos grupos de gaiteiros, compostos sempre por um tocador de gaita de foles, um tocador de bombo e um tocador de caixa. Consegue-se identificar a existência destes grupos na freguesia de Pombal (aldeia do Barrocal), e na freguesia de Redinha. No Barrocal o gaiteiro Luís foi transmitindo a sua arte dentro do seio familiar, sempre de avô para neto. De alcunha "Barreto", é dele a fotografia mais antiga que temos, na participação das Festas do Bodo de 1936. Para Ernesto Veiga de Oliveira, na sua obra "Instrumentos Musicais Populares Portugueses" (edição Gulbenkian - 1966) é a única tradição musical característica na região pombalense.
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Cordofones

Os cordofones tiveram um papel preponderante na tradição musical pombalense. Nos jornais antigos, nos finais do século XIX, encontram-se registos de notícias de que existiam algumas orquestras de cordofones na Vila de Pombal, responsáveis pela animação popular, quer em festejos públicos (Santos Populares, Festas do Bodo, etc), quer em eventos mais privados. Essas orquestras de cordofones vão dar origem às tunas musicais, área em que a Vila de Pombal dispôs de vários agrupamentos até finais dos anos vinte do século passado. São cordofones os primeiros instrumentos que formam as orquestras dos primeiros "ranchos organizados". Um pormenor curioso: todos os estratos sociais tinham a sua orquestra de cordofones: os comerciantes tinham a sua, os operários também tinham uma e ainda se encontra a descrição de uma orquestra privada que animava os melhores eventos festivos da Vila de Pombal e os bailes da elite pombalense.
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A loucura do Jazz

O Jazz teve a sua apoteose a partir dos anos vinte do século passado. Na Vila de Pombal, essa moda não passou ao lado, contribuindo muito para isso a Filarmónica Pombalense. Os músicos eram maioritariamente (ou na sua totalidade) músicos oriundos da formação na Filarmónica. Os bailes na Vila de Pombal passaram a ter a sonoridade desses tempos e foram estes agrupamentos responsáveis pelo declínio das tunas pombalenses. Destaca-se aqui uma figura, que embora não sendo pombalense de origem, (mas era como se fosse, tal a dedicação que teve com Pombal), foi um dos grandes promotores deste tipo de projectos: o Sr Carvalho, pai do Sr Carlos Carvalho (que foi Comandante dos Bombeiros de Pombal). Graças ao empreendedorismo dele nesta área musical, a Vila de Pombal estava ao nível do que se passava em Portugal (e até fora do país). O primeiro grupo musical conhecido foi o Sul Américas Jazz, onde pontificou o Sr Horácio "Careca" e o Sr Carlos "Foguete", entre outros. Pouco tempo depois surgiu o grupo Jazz Vitória, com o Sr Carvalho na bateria. 

Agrupamento JAZZ VITÓRIA

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Agrupamento SUL - AMÉRICAS JAZZ

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O Fenómeno Baião

Com a guerra europeia, assiste-se a uma mudança na animação musical. eram tempos famosos para Glenn Miller,  cujos temas da sua autoria, eram tocados em todos os salões de baile. A Vila de Pombal tinha grandes músicos na Filarmónica e foi um instante até surgir a Orquestra Baião, a "Glenn Miller" pombalense. Com o Sr Carvalho na bateria (o mesmo do Jazz Vitória), despontam o Sr Almeida no saxofone e a família Neves, que deve ter sido a família pombalense que mais membros teve em simultâneo a tocar na Filarmónica de Pombal. Chegaram a ser sete. Talvez aquele que ficou mais conhecido tenha sido o Américo (conhecido por Américo da Xica), que além de participar nesta orquestra, acabou por ter um percurso ligado, não só à Filarmónica e aos grupos musicais, mas também ao Rancho Típico de Pombal, onde teve um papel relevante.
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Mas as orquestras de metais exigiam muitos elementos e nem sempre a disponibilidade de todos se conseguia. Era necessário um projecto que fosse constituído com menos elementos e mais versátil. É por altura dos anos cinquenta do século passado que surge um instrumento que iria revolucionar, não só a estrutura dos grupos, mas também a sonoridade. Falamos do acordeão, que a partir desse época, na Vila de Pombal, conquistou adeptos por todo o lado. É precisamente nesses anos que se regista (pelas informações disponíveis) o aparecimento do primeiro acordeão na Vila, inserido num projecto musical. É o tempo do Conjunto Baião, herdeiro da Orquestra Baião, composto por um acordeão cujo tocador seria da zona de Soure, mantendo-se o Sr Almeida no saxofone, o Sr Carvalho na bateria, e que ao longo dos anos (cinquenta e sessenta  do século passado) foram os mais solicitados para animar os pombalenses. Mais tarde iriam juntar-se outros músicos (substituindo outros, naturalmente), como é o caso do Sr César Oliveira, Sr Américo da "Xica" (já não no saxofone mas no acordeão) e o Sr Amândio de Aguiar na viola.  
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Grupo Coral Misto de Pombal

Em 1951 surge o Grupo Coral Misto de Pombal, sob a liderança da D. Justina Varela. Foi um dos agrupamentos pombalenses, que na sua época, mais representou a Vila de Pombal pelo país, juntamente com o Rancho Flores de Pombal (3ª versão). A história deste grupo está contada nos slides em baixo.

Quinteto Varela

A família Varela, sob a batuta da D. Justina Varela, foi pródiga em produzir músicos e gente talentosa para as artes musicais. O Quinteto Varela, constituído por elementos dessa família, foram grandes atracções nas Festas Pombalenses (nomeadamente as Festas do Bodo), graças aos seus dotes vocais. Existiu nos anos cinquenta.
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Conjunto Kinzé Varela

Quando tudo os Beatles surgiram e criaram um movimento cultural sem precedentes, nos anos sessenta, os pombalenses não ficaram indiferentes a essa nova moda musical. O Conjunto Kinzé Varela (o "Kinzé" é filho da D. Justina Varela) surge nessa altura e rapidamente se transforma num fenómeno, não só local, mas também nacional. Provavelmente terá sido o agrupamento musical pombalense mais conhecido no país. Kinzé Varela no teclado (um pormenor importante, é o primeiro registo de um teclado num grupo musical, na Vila de Pombal), Zé Carraca na bateria, Amândio de Aguiar na viola baixo, Diguitos na viola ritmo e Juju como vocalista, são os primeiros elementos a constituir este projecto. Uns foram saindo, com o decorrer do tempo, tendo ainda por lá passado o Pedro Óscar, o Quim Correia, entre outros. Existiu nos anos sessenta.

Outros conjuntos musicais da Vila de Pombal

Conjunto musical "Os Chamas" - Grupo musical dos Bombeiros Voluntários de Pombal
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Conjunto "Integrante"
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O Conjunto Integrante ficou conhecido como o conjunto do Manel do Barrocal, embora o seu aparecimento tenha sido um pouco obra quase do acaso. Num determinado ano e sendo Presidente do Sporting Clube de Pombal o Sr Carlos Carvalho, decidiu-se fazer uma passagem de ano, mas nessa época, na Vila de Pombal, não existia um grupo formado de raiz. O Sr Carlos Carvalho solicitou ao Sr Zé Carraca para juntar alguns músicos para abrilhantar a dita passagem de ano. Foi assim que se juntaram alguns músicos, entre eles o saudoso Manuel do Barrocal. Esse grupo durou ainda muitos anos, com várias formações. O nome foi-lhe dado pelo Sr Carlos Carvalho, que necessitando de identificar o conjunto nos cartazes de publicidade, teve de inventar um. Como todos os músicos vinham de projectos que entretanto tinham acabado, e estavam a "integrar-se" num novo projecto, ficou INTEGRANTE (de integrados). Existiu nos anos setenta e oitenta.

Fotos 

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Memórias Escritas


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